07/06/2021 - Keila da Silva Santos Rodrigues.
Em sua trajetória escolar, quantos professores(as) negros(as) você já teve? E quantos juízes(as), médicos(as), engenheiros(as), delegados(as), dentistas, gerentes de bancos negros(as) você conhece ou já foi atendido por eles? Caberia em uma mão a quantidade?
Sabendo que no Brasil mais da metade da população se autodeclara afrodescendente, por quais motivos raramente vemos negros(as) exercendo esses cargos e profissões? Por razões históricas? Quais? Você precisa saber!
Que tal começar a entender pela trajetória de Benedicto Galvão, um menino negro, nascido em Itu no ano de 1881, quando ainda vigorava o regime de escravidão no Brasil e que recebeu a oportunidade de prosseguir em seus estudos em São Paulo, o que fez de modo primoroso chegando a ocupar, no ano de 1943, o cargo de Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP). Você vai se surpreender e perceber que se algumas iniciativas tivessem sido tomadas, oportunizando à população negra o acesso e a permanência à educação necessária, certamente hoje muitas vidas negras teriam “outras trajetórias”.
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