Línguas Encruzilhadas: Histórias de Meninos e Medicalização na Educação
Ref: 978-85-473-0109-5O desejo de escritura da obra se constitui no encontro com a vida. Enreda o difícil exercício de traçar um plano de sentido. Sentido pungente, pendente, fabricado, impossível. Uma teoria sobre o rumor das práticas cotidianas reinventa uma multiplicidade que não permite a redução da potência da vida a lugares definidos e opacos. Faz, em contrapartida, insistir a teimosia e o lugar de tensão, colocados nos jogos de saber-poder instituídos por nossos modos de viver.
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ISBN: 978-85-473-0109-5
ISBN Digital: 978-85-473-0109-5
Edição: 1ª
Ano da edição: 2016
Data de publicação: 00/00/0000
Número de páginas: 173
Encadernação: Brochura
Peso: 300 gramas
Largura: 14.8 cm
Comprimento: 21 cm
Altura: 2 cm
1. Maria Carolina de Andrade Freitas.
O desejo de escritura da obra se constitui no encontro com a vida. Enreda o difícil exercício de traçar um plano de sentido. Sentido pungente, pendente, fabricado, impossível. Uma teoria sobre o rumor das práticas cotidianas reinventa uma multiplicidade que não permite a redução da potência da vida a lugares definidos e opacos. Faz, em contrapartida, insistir a teimosia e o lugar de tensão, colocados nos jogos de saber-poder instituídos por nossos modos de viver. A medicalização e a consequente ‘medicamentação’ da vida passa a ser uma alternativa cada vez mais valorizada e buscada como forma de cuidado e terapêutica, inclusive no que diz respeito ao enfrentamento dos desafios no campo da educação e em relação às queixas escolares sobre os meninos que não aprendem. Contudo, com as histórias dos meninos espera-se rasurar o tempo e o discurso corrente. Elas demonstram como cada menino inventa suas próprias forças para lidar com as forças do mundo. Nos espaços lacunares de invenção da língua, constroem-se mais do que apenas totalizações e sujeições. Pode-se, inclusive, afirmar a imanente capacidade de se aprender ou adivinhar o novo, pela via da invenção de memórias. Este livro, portanto, não se detém a empenhar nenhum tipo de a priori sobre os efeitos da medicalização da vida no âmbito da educação. Ao contrário, procura abrir brechas e fincar guizos nas remendadas palavras ordinárias escutadas no caminho da pesquisa; preocupa-se em cartografar alguns esquemas operacionais, postos em funcionamento no fenômeno apreendido, somente para desmoroná-los, numa própria experimentação linguageira, que deseja produzir outras apostas e intenções.