O Narrador em Chico Buarque e Ruy Guerra
Ref: 978-85-473-1597-9Esta obra é um mergulho na narrativa e na vida do narrador para, em seguida, retirá-la (narrativa) dele. Assim, imprime-se na narrativa a marca do narrador, como a mão do oleiro na argila quando está construindo um vaso. Aqui os textos são percorridos buscando em Chico Buarque o narrador literário e em Ruy Guerra o cinematográfico.
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ISBN: 978-85-473-1597-9
ISBN Digital: 978-85-473-1598-6
Edição: 1
Ano da edição: 2018
Data de publicação: 28/06/2018
Número de páginas: 175
Encadernação: Brochura
Peso: 300 gramas
Largura: 14.8 cm
Comprimento: 21 cm
Altura: 2 cm
1. Carlos Roberto da Silva Santos.
Esta obra é um mergulho na narrativa e na vida do narrador para, em seguida, retirá-la (narrativa) dele. Assim, imprime-se na narrativa a marca do narrador, como a mão do oleiro na argila quando está construindo um vaso. Aqui os textos são percorridos buscando em Chico Buarque o narrador literário e em Ruy Guerra o cinematográfico. Ao analisar o romance Estorvo (1990) como uma tradução para o cinema, procura-se na voz do narrador qual seu papel. Depois, por se tratar de um escritor que se consagrou em várias linguagens – música, teatro, literatura etc. – e também por se referir a um romance de composição baseada no comportamento psicológico esquizofrênico e desajustado do agente da narrativa, é por tal comportamento do personagem/narrador que a presente obra analisa o papel deste nas narrativas contemporâneas. A estrutura do romance de Chico Buarque de Hollanda sugere um mundo moderno caótico e fragmentado e ridiculariza a lógica do próprio conjunto, deixando, contudo, conexões dedutivas seguras entre a parte e o todo, travando relações entre seus elementos estruturais, mantendo a tensão interna da obra e, ainda assim, garantindo uma eficácia estética com novos códigos e novas mensagens, numa espécie de ruptura dos gêneros clássicos. Tanto Chico Buarque como Ruy Guerra construíram narrativas abertas e propensas a novas expansões, mas ao mesmo tempo conexas em seu interior, ainda que Guerra utilize-se do moderno de maneira mais “radical” que Buarque. Ao tomar como ponto de partida o romance Estorvo, cuja expressão de tempo e espaço é dimensão essencial da escrita literária, o principal objetivo é apresentar como a experiência do narrador perdido no tempo e espaço manifestou-se na transposição do romance para o cinema, centrando especificamente no papel do narrador nas duas linguagens. Sabe-se que, para contar uma história à maneira do cinema, precisa-se entender como é feita essa passagem de um meio puramente imaginário para outro cujas imagens já chegam prontas. Daí este livro fará o leitor entender como essa transição ocorre e como o narrador é responsável pelo desenvolvimento da narrativa.