Improvisação Livre: Política da Música e Experimentação Musical
Ref: 978-85-473-3704-9Em Improvisação Livre: política da música e experimentação musical, proponho um debate acerca das relações entre a música e a política na chamada improvisação livre, partindo da materialidade sonora e das lógicas que recortam e compõem o continuum sonoro. Os primeiros três capítulos do livro introduzem esse problema e fornecem uma base teórica para a discussão propondo pensar a relação entre a música e a política a partir do conceito de política da música, ou seja, a ruptura da distinção abstrata entre som e ruído e a suspensão dos seus efeitos concretos. Nos capítulos seguintes, a discussão foca-se na improvisação livre, em suas lógicas e no modo como atualiza a política da música e aponta para uma ruptura não somente do espaço sonoro, mas também da distribuição das capacidades humanas.
ISBN: 978-85-473-3704-9
Edição: 1ª
Ano da edição: 2019
Data de publicação: 01/11/2019
Número de páginas: 193
Encadernação: Brochura
Peso: 300 gramas
Largura: 16 cm
Comprimento: 23 cm
Altura: 2 cm
1. Leandro Almir Aragon.
Em Improvisação Livre: política da música e experimentação musical, proponho um debate acerca das relações entre a música e a política na chamada improvisação livre, partindo da materialidade sonora e das lógicas que recortam e compõem o continuum sonoro. Os primeiros três capítulos do livro introduzem esse problema e fornecem uma base teórica para a discussão propondo pensar a relação entre a música e a política a partir do conceito de política da música, ou seja, a ruptura da distinção abstrata entre som e ruído e a suspensão dos seus efeitos concretos. Nos capítulos seguintes, a discussão foca-se na improvisação livre, em suas lógicas e no modo como atualiza a política da música e aponta para uma ruptura não somente do espaço sonoro, mas também da distribuição das capacidades humanas.
Propus-me a discutir a política da música da improvisação a partir de três casos bastante heterogêneos. Em primeiro lugar, a partir da linguagem musical de Derek Bailey e de seu conceito de improvisação não idiomática, proponho pensar a possibilidade de criar e ocupar uma exterioridade dos gêneros musicais. Em segundo lugar, a partir do game piece Cobra (1984), de John Zorn, proponho pensar a possibilidade de se criar uma capacidade coletiva de ação e enunciação a partir de uma multiplicidade irredutível de linguagens musicais. Por fim, a partir dos experimentos do grupo Musica Elettronica Viva, proponho pensar o modo como a improvisação afirma e demonstra que a criação musical é uma capacidade comum, ou seja, que todos os seres humanos são seres musicais.